segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Hurricane Irene e uma Fugitiva

 As primeiras informações que tive sobre o furacão Irene foram na terça-feira da semana passada, isso mesmo, o mesmo dia que teve o terremoto, e fiquei digamos assim aparavora... É terremoto num dia, furacão chegando no outro, de verdade, não estou acostumada com isso. O mais difícil é que não sabia o que pensar, as informações que eu tinha vinham de sites e das meninas brasileiras que fizeram o treinamento comigo.



 A minha host family ia viajar na quarta-feira para Maine e só voltaria no domingo, ou seja, eu estaria sozinha e num sabia nem ao menos o que pensar. Na quarta-feira acordei super cedo para perguntar para a minha host, antes de eles viajarem, sobre o furacão, pois estavamos localizados exatamente no caminho dele, na Costa Leste dos Estados Unidos. A preocupação deles com isso era como se estivesse anunciado no canal do tempo que teria uma garoa no final de semana e isso me deixou mais ainda sem saber o que pensar.

 Foi uma situação complicada, acho que me senti mais curiosa do que realmente preocupada ou com medo, é engraçado isso, mas tive aquela sensação de que isso nunca vai acontecer comigo e, graças a Deus, realmente não aconteceu.

 Fiquei um pouco mais preocupada e um pouco mais aliviada ao mesmo tempo quando, na sexta-feira, minha host me mandou uma mensagem me dizendo que antecipariam a volta deles de Maine, isso porque, o fato de eles não estarem preocupados me preocupava.

 Aqui na nossa região ela não chegou com muita força e deixou de ser um furacão e se tornou uma tempestade tropical (seja lá o que isso quer dizer), sei que ventou muito, choveu muito, muitas árvores cairam, muita gente ficou sem energia, tiveram locais alagados, mas, para os estragos que um furacão poderia causar, não foi nada.

 Estou nos Estados Unidos há menos de dois meses e já passei por um terremoto e um furacão, ambos não me atingiram de forma alguma, mas isso é demais para mim. Ainda bem que sempre tive sorte com o tempo e que a previsão do tempo nunca acerta comigo, é capaz desse ano, nevar apenas por um dia para eu ver a neve e depois voltar a ficar calor rsrs

 Para esse final de semana, eu já tinha programado com outras Au Pairs uma viagem para conhecer as Cataratas do Niagra e, fiquei um pouco na dúvida sobre ir ou não ir, mas como agente já tinha pago pela viagem, a outra opção era ficar em casa esperando o furacão chegar e, o local onde iamos estava totalmente fora do caminho da Irene, lá fomos nós.

 Quando voltamos de viagem a Irene já tinha passado, e só vimos os rastros dela pelo chão e ainda ventava muito forte.

 Literalmente nós fugimos da Irene, e passamos um final de semana ótimo, conheci as cataratas, fui num cassino pela primeira vez, claro que não foi em Las Vegas, mas valeu, e me diverti bastante com as meninas. A viagem foi ótima mas passamos, muito, muito, muito tempo dentro do bus rs.

 Acho engraçado que, no Brasil para fazer uma viagem com essa distância de carro tinha que ser pelo menos por uma semana, essa foi por menos de um dia inteiro e acho que valeu a pena, passamos mais tempo no Bus do que lá, talvez se tivesse mais gana, poderia ter conhecido melhor o Brasil.

 A única coisa ruim nisso tudo é você voltar para casa depois de uma viagem e não sentir aquela sensação reconfortante de dormir na sua própria cama, de não sentir aquele gostoso estou em casa, porque, não me sinto em casa. E quando dormir em um quarto de hotel é muito melhor do que dormir na sua própria cama, é algo para ser pensado.

 Agora só gostaria de agradecer a oportunidade de estar bem, de ter me divertido, de poder estar aqui, de poder viajar e de, apesar das saudades imensas, saber que, mesmo estando longe tenho lá a minha caminha esperando por mim quando eu quiser voltar e isso é muito bom. Obrigada!

  




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Relato dos primeiros 45 dias de uma Au Pair

"Saímos pelo mundo em busca de nossos sonhos e ideais. Muitas vezes colocamos nos lugares inacessíveis o que está ao alcance das mãos." Paulo Coelho

 É difícil saber por onde começar, se eu fosse escrever para as futuras Au pairs poderia desencorajar muitas, mas também, encorajar outras, mas como a intenção é apenas dizer o que estou sentindo, vou começar usando a sinceridade.

 Não tem como eu dizer em um post tudo o que me aconteceu nesses últimos 45 dias, ou mais, pois há tempos não posto nada no meu blog, mas para uma Au Pair, toda aquela preocupação com o que trazer na mala, visto, carta de motorista, despedida, é bobagem com o que vai acontecer depois que você chegar aqui. Cada um tem uma forma de encarar as coisas da vida e eu, apesar de ser dramática, sempre fui forte, sou daquelas que se doer eu vou chorar, espernear, e depois, pronto, passou, mas existem horas que agente não consegue encontrar forças, que agente não quer mais e, de qualquer forma, mesmo não sendo forte, ou não querendo ser forte, você vai ter que dizer pronto, passou.

 Acho engraçado que, minha mãe, não queria que eu viesse, ela me deu suporte, mas ao mesmo tempo ela me desencorajava e eu me lembro de ter tirado sarro dela uma vez, ela me disse que eu voltaria em dois meses, e eu, toda corajosa, toda sabendo que faria algo maravilhoso em minha vida respondi que, na verdade em dois meses ela viria aqui para me buscar. Conclusão: Com duas semanas aqui, eu liguei para minha mãe e para o meu irmão, chorando muito e dizendo que queria voltar para a casa, que não aguentava mais, e essa não foi a única vez que isso aconteceu e, quem me conhece sabe que tenho um pinguinho de orgulho que não me deixaria fazer isso, a não ser que eu estivesse desesperada.

 Esses meus primeiros 45 dias aqui foram uma mistura de conhecer gente nova, algumas pessoas que já são especiais, conhecer lugares novos, de gastar dinheiro e de sofrimento de muitos tipos... Meu Deus como é difícil essa adaptação!!! Eu achei e, ainda acho as vezes que vou enlouquecer, sou instável, mas nunca mudei tanto de idéia em tão pouco tempo e nem me senti tão confusa quanto nesses dias. Já pensei em voltar para o Brasil, cheguei à procurar passagens para a semana, já pensei em voltar para o Brasil em janeiro, já pensei em extender meu programa, já pensei em terminar o programa e depois voltar, e o que mais pensei foi "O que estou fazendo aqui?". Em uma das noites, após de um dia horrível, eu deitei na minha cama e rezei (a minha maneira) e perguntei para Deus qual era o sentido disso, porque eu estava aqui, e a primeira coisa que senti foi saudade de casa, das minhas gatinhas, da minha mãe, do meu irmão, do meu pai, da minha cama, do meu quarto, e da minha vidinha confortável que estava de cabeça para baixo mas eu podia controlar. Essa sensação me fez pensar que eu vim até aqui para descobrir que tudo o que eu preciso eu tenho na minha casa, talvez seja esse o motivo de eu ter vindo, ou não.

 Motivos de sofrimento: 

 - Existem pessoas no Brasil que sabem falar inglês, outras que acham que sabem, ou que sabem falar inglês com brasileiros, eu não me encaixava em nenhuma dessas categorias, tinha consciência de que meu inglês era ruim, mas me comunicava muito bem nas minhas aulas, então achei que não teria tantos problemas, um dos maiores sofrimentos, as pessoas falam diferente aqui, falam mais rápido, tem sotaque e, principalmente não me entendem, porque eu tenho sotaque. Quantas vezes não deixei de falar por medo de errar ou não encontrar palavras, quantas vezes estava falando e faltou vocabulário e não consegui terminar, quantas vezes não entendi o que os outros queria dizer, e quantas dores de cabeça após ouvir vários americanos falando ao mesmo tempo. Estou melhorando, mas meu inglês ainda está horrível.

 - As crianças: Minha família aqui tem 04 crianças, já falei sobre isso, os dois meninos mais velhos parecem adultos para mim, não me dão trabalho, agora tive muitos problemas com os dois mais novos, em primeiro lugar sou a primeira au pair da família e eles não entendem muito bem, em segundo lugar aqui os filhos choram e os pais dão tudo, ou seja manhã para eles é apelido, em terceiro lugar, acho que é universal, as crianças ficam insuportáveis perto dos pais, em quarto e o mais importante, o que nunca me aconteceu no Brasil em um mês em uma escolinha com 60 crianças, eles me batem, exatamente, eles empurrão, chutam, e inclusive tomei uma mordida que me deixou uma marca daquelas no braço, o respeito das crianças pelos mais velhos aqui é 0 e, mesmo quando eles fazem isso com os pais, os pais aceitam, as vezes, no máximo um time out de 5 minutos. Mas também as vezes eles são ótimos, por exemplo, ontem tive um dia maravilhoso com eles, é claro que não foi perfeito, mas foi muito bom.

 - Saudades: Não precisa nem comentar neh??? Mas o pior nesse ponto, é que quando bate a saudade você não tem nenhum suporte, não tem aquele amigo em que posso confiar, não tem sua gatinha pra abraçar, não tem nada que lhe seja familiar e te faça sentir melhor e não adianta, internet ajuda, mas não diminui a distância, estou falando aqui de calor, de ter as pessoas perto, de olhar nos olhos e não através de uma câmera.

 Com tudo o que me aconteceu durante esse tempo, eu procurei passagem para ir para o Brasil, pedi rematch, tentei desistir do programa, mas ainda estou aqui e agora me sentindo melhor, claro que os problemas existem, a saudade bate, mas aos poucos as coisas vão melhorando, você pode até passar a gostar da sua host family e você pode aproveitar que está aqui para aproveitar. Tem duas coisas maravilhosas para se fazer aqui, viajar e comprar. Nem preciso dizer o quanto é gostoso ir nas lojas e comprar aquelas coisas de marca absurdamente caras no Brasil por um preço bem mais acessível e viajar é sempre bom.

 Ainda não me descobri, não mudei 100%, mas aprendi bastante coisa aqui, principalmente relacionada a família, um dia, talvez eu vou ter a minha e esse aprendizado será bastante importante, principalmente em relação à criação dos filhos.

 Eu adoraria escrever e dar detalhes de tudo, de como me senti quando cheguei aqui, de como foi minha primeira e segunda e terceira viagem com a família, de como é gostoso passar uma tarde de domingo em Boston, das pessoas que conheci aqui, mas, como esse tempo todo estava pensando em desistir, desisti do meu blog também.

 Em novembro vou realizar meu sonho de criança: Disney, em janeiro vou para o Brasil matar um pouco das saudades, ou criar mais saudades, mas ainda estou aqui, e sei que há uma razão... Então só o que tenho a dizer é obrigada pela oportunidade, pelo coragem e por tudo. Existem pessoas com milhões de planos que não colocam em prática, eu posso até errar, mas tento fazer o que meu coração acredita ser certo e com isso estou aqui...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Agendamento da Entrevista para o Visto Americano (Prévia do DS-160)

 Como está difícil para eu postar alguma coisa sobre meus preparativos, pois estou totalmente perdida com tudo, resolvi postar alguma informação útil, "Como preencher o seu Formulário DS-160", mas como o post ficou muito extenso resolvi divií-lo em Agendando a entrevista para o Visto Americano e Como preencher o seu formulário DS-160, ambos voltados para Au Pairs, mas quem sabe não possa ajudar outras pessoas também, é só preestar atenção nas diferenças. Sobre o DS-160, eu pesquisei bastante na internet para conseguir preenchê-lo e devo dizer que, por mais que pareça, ele não é um bicho de 07 cabeças, é apenas um pouco chatinho e você deve concentrar toda a sua atenção nele. Para quem preencheu o App da AupairCare, esse formulário não é nada.

 O principal motivo de eu estar postando sobre isso é que a representante da minha agência me disse que não poderia me ajudar em nada, que ela não podia dar nenhuma dica sobre o visto e, apenas me indicou alguns despachantes aos quais eu poderia pagar para fazer isso por mim e me enviou umas dicas da STB que por sinal estavam totalmente desatualizadas.

 Eu optei por não pagar despachante porque, primeiro o atendimento dos três que liguei foi péssimo, sendo que um deles ainda me enviou informações de como fazer para conseguir o visto para o Canadá (eu não estou afim de ir para o Canadá no momento). No começo fiquei um pouco perdida, mas como estou com o meu visto em mãos acredito que não tem necessidade de despachante para isso.

 Primeiramente você precisará agendar a sua entrevista do visto, como no nosso caso o visto é o J1, é mais fácil conseguir uma data, apesar de que quando fui agendar a minha entrevista haviam apenas duas opções, dia 22 de junho ou dia 28 de julho, dois detalhes, a minha viagem estava marcada para o dia 10 de julho e o meu formulário DS-2019 estava previsto para chegar no Brasil no dia 20 de junho, então foi torcer para que tudo desse certo.

 O site para o agendamento da entrevista do visto é o http://www.visto-eua.com.br , assim que entrar no site você deverá clicar em "Informações e Agendamentos" (lado esquerdo da página). Em primeiro lugar você deverá pagar uma taxa de agendamento no valor de R$ 38,00, essa taxa pode ser paga em débito em conta, boleto bancário do Citibank ou por cartão de crédito. Eu optei pelo pagamento com cartão de crédito por agilizar o processo, pois assim, automaticamente você já pode continuar o seu agendamento. Se está for a sua opção também é só preencher os seus dados pessoais e os dados do cartão de crédito.

 No caso de Au Pair o propósito para a viagem é "Entrar nos EUA para Intercâmbio" então selecione essa opção, haverá um espaço para tempo de duração da viagem, não se preocupe esse campo não abre mesmo, você não vai conseguir preenchê-lo.

 Quando você faz o seu match com a família, a AuPairCare (minha agência no caso) irá enviar para o Brasil um formulário preenchido por eles lá chamado DS-2019 e um comprovante de pagamento da taxa SEVIS, nesse momento eles irão te perguntar se você tem esses documentos, marque sim tanto para o formulário quanto para o comprovante, mesmo que ainda não tenha recebido. PS: Certifique-se de que na data da entrevista do visto estará com esses documentos em mãos, converse sobre isso com a sua agência.

 Vou abrir um parenteses aqui para falar da minha situação, a família fechou comigo no dia 09 de junho e a minha representante aqui me deu uma estimativa de 20 dias para esses documentos chegarem, ou seja, chegariam no dia 29 de junho, sendo assim eu jamais viajaria no dia 10 de julho. Eu conversei com a minha Host e expliquei para ela a situação e ela conversou com a representante local da AuPairCare nos Estados Unidos e de alguma forma mágica esse formulário chegou em São Paulo no dia 15 de junho (mesmo com a previsão mínima de chegar em 20 de junho), acabei ainda pagando um boy para ir buscá-lo para mim para não ter erro de o malote não chegar na STB de Sorocaba.

 Após abrirá uma página com informações do consulado sobre a taxa do visto J1 (Não sei qual a agência que você está fazendo, mas como disse, as dicas da minha agência estavam desatualizadas e a taxa corerta do visto hoje é de $140), entre outras, leia essas informações e concorde com os termos.

 Essa taxa deverá ser paga em uma agência do Citibank com a cotação do dolar no dia do pagamento, não se esqueça de levar o seu passaport para pagar essa taxa.

 Agora é a hora de você escolher uma data para a entrevista, é importante que você esteja com o formulário DS-2019  e o comprovante de pagamento da taxa Sevis em mãos na data que escolher, também que não seja muito longe nem muito próxima a sua viagem, acredito que uns 20 dias antes seja o ideal, para mim funcionou assim. Abrirá uma tela como está para você selecionar a data desejada e, sim, as únicas datas disponíveis são as que estão em verde.



 Após escolher a sua data ele te dará o link para o preenchimento do formulário DS-160, se as dicas da sua agência também falavam em DS-157 ou DS-158, ou qualquer outra coisa, esquece!!! O formulário que tem que preencher é o DS-160, sendo você turista, intercãmbista, ou seja lá o que for, é um formulário único agora.

 Você deverá acessar esse site: https://ceac.state.gov/GENNIV/default.aspx

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Homenagem à minha Melzinha

 Mel, até agora eu não consegui entender o que aconteceu meu anjo, você, sempre tão forte, tão independente, tão guerreira, foi nos deixar assim, de uma hora para a outra, por um motivo tão bobo e que te causou tanta dor e sofrimento. Me sinto triste, muito triste por ter te perdido, mas me sinto feliz, muito feliz por ter tido a oportunidade de ter você tanto tempo ao meu lado, mesmo às vezes eu não merecendo.



 Já tive inumeros gatos na minha vida, mas jamais vou me esquecer do dia em que te vi pela primeira vez, eu havia ido à um parque de diversões que estava montado onde hoje é o Itu Novo Centro, não me lembro exatamente a data, mas era um domingo, imagino que 19 de novembro de 2006. Eu estava lá com uma amiga e sua família, já tinhamos ido em alguns brinquedos e estávamos indo embora quando resolvemos olhar os animais que estavam sendo doados pela Zoonoses e você estava lá, naquela gaiolinha.

 Tenho certeza que o destino me colocou ali, naquele lugar tão improvável de eu estar, naquele momento, para que eu olhasse para você e sentisse que deveria te levar para casa, haviam outros vários gatos na mesma gaiolinha que você, miando desesperadamente, mas você estava lá, entre eles, tão pequena e dormindo. Eu num tinha a intenção de levar um gato para a casa novamente, eu já havia sofrido muito por perder gatos anteriormente e, eu sabia, que minha mãe não ficaria muito feliz com a ideia de eu ter mais um gato.

 Mas ali, naquele momento, algo dentro de mim me fez dizer à minha amiga "Eu vou levar àquele gato", eu ainda nem sabia se era macho ou fêmea, e falei para a moça da Zoonoses que te levaria, exitei várias vezes, pensei, pensei e pensei enquanto assinava o termo de adoção onde te chamei de Mallory, mas por algum motivo que agradeço até agora eu não desisti e sai com você de lá.

 Me lembro também que no caminho me arrependi por alguns momentos, estava voltando apé para casa, com você no colo e você, estava tão desesperada, me arranhando e mordendo tanto que, passou pela minha cabeça voltar e te devolver, eu lembro o sentimento que tive e lembro que por algum motivo maior, talvez o mesmo que tenha me levado até a gaiolinha onde você estava, não desisti de você e te levei para a casa. Naquele mesmo dia, formou uma tempestade horrível e fiquei em casa, era para ter um rodeio onde o parque estava montado e até foi cancelado e, me lembro que você me fez companhia, e essa foi a primeira vez em muitas que você me fez companhia.

 Melzinha, jamais me esqueci desse dia, dessas sensações, porque por diversas vezes eu agradeci por não ter mudado de ideia, agradeci por ter estado ali naquele exato momento e por ter tomado a decisão que certamente foi uma das mais felizes da minha vida, pois eu não levei só um gato para a casa, levei uma companheira e amiga que se eternizou em meu coração.

 Sei que, sempre fui um pouco "Felicia" com meus animais e você sempre foi muito independente, não gostava de dormir comigo, sumia e eu tinha que ficar te procurando, quantas vezes não me lembro de ter chegado à noite da faculdade naquele frio e ter ido pegar a escada para te salvar porque estava em cima do telhado e por algum motivo que não entendo (você era um gato) você ficava miando e não descia e, eu, que não dormia sem você, ia te salvar.

 Meu apego era tanto que eu tinha muito, muito medo de te perder, você fazia parte de mim, era sempre a minha companhia, depois que você entrou em minha vida eu não ficava mais sozinha e você era muito importante para mim. Jamais me esqueço de um amigo que percebeu isso, ele também tinha um gato, e esse amigo sem imaginar o quão especial era o que ele estava falando uma vez disse " Olha como a Val olha para a Mel, ela olha diferente do jeito que olha para os outros gatos", ele sem querer, sem imaginar, percebeu que você havia me cativado, que para mim, apesar de haver milhões de gatos no mundo, voc~e era a única, a minha Melzinha.

 Me lembro também que esse medo de te perder fez com que eu a deixasse "engravidar" e após fiquei com uma de suas filhas, que até hoje não tem um nome oficial, porém é chamada de "Sara", eu sentia por ela o mesmo que senti por você, mas tendo ela comigo eu consegui te libertar, eu sempre soube que você nunca gostou do meu jeito "Felicia" de ser e que queria ser mais livre, não ter de dormir no meu quarto todas as noites e passear um pouco por ai. Acredito que substitui o meu apego, mas nunca, nunca, jamais, deixei de gostar de você, apenas aprendi a respeitar o seu jeito de ser, que era diferente da Sara que já adorava se enrolar no meio das minhas cobertas.

 Depois também, o mesmo medo me fez ficar com uma filhote da Sara, a Phoebe, que por algum motivo é ainda mais carinhosinha que vocês duas e acredito que, não ao extremo, aprecie meu jeito de querer vocês o tempo todo.

 Mel, eu não me preocupava muito com você, e não é por maldade, não é porque eu não gostava de você, aliás, você sabe, sempre que te via te dizia que te amava, assim como faço com as outras duas. A diferença é que, você era independente, você passava dias fora de casa mas eu sabia que ia voltar morrendo de fome, você não gostava de dormir presa, mas eu sabia que estava lá, te vi várias vezes doentinha e você, mesmo sem os melhores cuidados foi forte para superar, acho que eu pensei que era uma heroína, que ao invés de 07 tinha um milhão de vidas, porque para mim você jamais sairia da minha vida.

 Nos últimos anos, acredito que nos últimos 02, eu te vi bem doentinha, com problemas no útero que te deixou bem magrela, com problemas no pulmão que me fez achar que você não ia aguentar, mas você sempre superava, parecia que sozinha resolvia todos os seus problemas. Infelizmente, eu não tive condições de cuidar tão bem de você antes, e felizmente você sempre foi forte e superou tudo isso sozinha.

 Em novembro eu pude te operar como você precisava, foi difícil porque antes da sua cirurgia você ficou uma semana sem aparecer em casa, e me lembro bem que, no dia que você chegou, mais ou menos umas 20h00 eu te enfiei na caixinha e te levei no veterinário correndo, sorte que ficava aberto até às 21h00, e sua filha Sara estava lá, vocês foram operadas no mesmo dia, um feriado e ficaram muito bem.

 Após, eu estava toda orgulhosa e te mostrava para todo mundo, a Minha Melzinha antes tão doentinha estava bem, estava bonita, muito cuidada, não podia mais ser chamada de magrela (aliás como você engordou) e eu estava muito feliz e completa, como me sentia quando estava com vocês três por perto.

 Jamais vou esquecer das suas manias, de roçar na perna de todos que fossem à cozinha e miar desesperadamente pedindo a carninha que a sua "avó" te acostumou a comer, de não comer a ração se estava parada no potinho, mas se eu apenas fosse lá e mudasse a posição comia, de tomar água no bide do banheiro, de ficar miando na minha janela para entrar e para sair e dos locais em casa onde sempre estava deitada, em cima do sofá, na cadeira do escritório, no arquivo do escritório e na mesa do telefone.

 Ainda estou olhando esses lugares e procurando você, ainda não acredito que você não vai voltar, porque a Mel sempre volta para casa, a Mel é forte, a Mel é independente. É engraçado que, com esse negócio de viajar para fora do país, eu cheguei a comentar com alguém que tinha mais preocupação com as duas mais novas, pois você era autosuficiente e sabia se virar sozinha.

 Te levei no veterinário na semana passada por uma ferida no pé, antes não tivesse levado e você tivesse ficado com a patinha inflamada, talvez assim, não tivesse saído para caçar, antes eu não tivesse aberto a porta para você na sexta à noite quando eu estava tirando o meu cochilo e você ficou miando insistentemente para sair de casa, antes eu tivesse te trancado em casa, não tivesse te dado tanta liberdade, não sei, fico imaginando o que eu poderia ter feito para ter evitado, e sempre chego à mesma conclusão: NADA!

 Eu tenho certeza que você sofreu com o que aconteceu, que não foi indolor, você passou por uma cirurgia delicada, ficou com àquela cara de boba que foi a última que vi em você, mas também tenho certeza de que, no momento que pegou àquele passarinho (infeliz) você se sentiu uma heroína, uma caçadora, porque era seu instindo, e claro, sei que uma vitória não vale uma vida, mas espero que tanha valido a pena para você e tenho certeza de que, mesmo se você soubesse o que ia acontecr depois, teria feito a mesma coisa, não tinha como evitar, é o que você era, uma gata, linda e livre que certamente se sentia vitoriosa quando conseguia sua presa.

 O que aconteceu me fez pensar muito na vida, Melllllll doeu muito e como doeu, ainda doi e eu estou segurando para não começar a chorar novamente, e aconteceu justo agora que eu vou viajar, justo depois de eu ter sonhado que alguém me dizia que vocês, minhas gatas, ficariam bem comigo longe e que estariam esperando por mim quando eu voltasse. O que aconteceu me fez pensar muito, tantas vezes eu mereci te perder e te pedi justo quando você estava melhor, assim, de uma hora para outra, por uma bobeira que jamais podia imaginar.

 Mas tenho que aceitar, é difícil, doi, mais tenho que aceitar, espero que você, dai onde está olhe por sua filha e sua net que são muito importantes para mim enquanto eu estiver fora, chego até a pensar em não viajar, mas você, livre como era não iria querer isso.

 Você pode ter certeza que você foi uma das coisas mais importantes que aconteceu na minha vida, você me deu um presente maravilhoso que é a sua filha, que me deu um presente maravilhoso que é a sua neta, e me troxe muitas alegrias. Só tenho à agradecer por tudo e me desculpar se não cuidei melhor de você, tenho certeza que foi assim porque tinha que ser, mas queria muito, muito, muito ter você de volta, para poder dividir uma ração de saquinho em três e depois ver que você foi a que mais comeu e ainda ficou lambendo o chão.

 Mel, Mel, Mel, vou sentir sua falta, nunca vou te esquecer, será eterna em minha memória e espero que esteja bem onde estiver e descanse em paz. Obrigada por tudo e Adeus meu anjo. Te amo eternamente!


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mundando a minha mudança de planos... Meu match com a família K.

 Uma hora ou outa eu precisva escrever sobre isso, sobre como foi o match, sobre o que fazer agora e sobre como estou me sentindo, o problema é que estou mais ou menos PERDIDA!!!




 Bom, eu fiquei apenas duas semanas online antes de a família K se interessar por mim (já contei essa história) e em menos de uma semana em contato com eles nós fechamos e, foi por sorte, porque senão talvez eu fosse conseguir viajar só em agosto por questões burocráticas de visto.

 Eu queria de qualquer forma viajar em julho para poder retonar à tempo de retomar a minha pós no meio do próximo ano, caso contrário só em dezembro, e já estava bem apegada à idéia de ir em dezembro, passar mais tempo aqui, estar com meus amigos mais um pouco, finalizar esse ano na pós, ficar com a família, dar tempo de viajar para o Rio e também visitar meu pai e, aproveitar mais com as minhas gatinhas.

 Ocorre que, se tudo sair certo e eu acredito piamente que dará tudo certo, eu viajo dia 10 de julho, ou seja, daqui há um mês. Isso significa que nesses meses eu não vou conhecer o Rio como havia planejado, vou conhecer Nova York. That´s ok for me!!

 Não tem como deixar de mencionar que bagunça a cabeça, foi tudo muito rápido, mas estou muito satisfeita com o meu match, a Sra K. têm sido muito atenciosa comigo, e isso foi um dos pontos mais importantes para eu tomar a minha decisão, na verdade eu não tomei uma decisão, ela quis o match e eu aceitei.

 Na terça-feira ela me ligou de manhã e conversamos um pouco, conversei com a empregada dela que é brasileira, e ela mencionou algo sobre o match que eu não entendi muito bem, à tarde ela me mandou um e-mail falando sobre o match novamente, mas para mim e para o pessoal da STB estava meio confuso, parecia que ela queria fechar, mais ao mesmo tempo, parecia que ela me desejava boa sorte para ter um match futuramente. Eu resolvi que o melhor seria perguntar a verdade para ela e fui bem direta dizendo que não havia entendido o e-mail dela e que queria saber se ela queria o match comigo e, que, se fosse isso eu ficaria feliz e ela me respondeu que sim.

 Tentei explicar para ela os problemas burocráticos que temos para conseguir um visto e estamos tentando que meu visto chegue antes do dia 10 de julho. Já estou com minha entrevista marcada para o dia 22 de junho às 7h30 da manhã, ou seja, em 12 dias,.O grande problema é que o meu DS-2019 (documento necessário para tirar o meu visto) vai chegar em São Paulo no dia 20 de junho, então tem que correr e torcer para tudo dar o mais certo possível. É claro que se pode pensar, então porque não marcou para alguns dias depois? A única data disponível após o dia 22 de junho (a única que tinha em junho) era o dia 28 de julho.

 Ainda preciso preencher o DS-160 que é mais complicadinho, eu optei por fazer sem despachante, acredito muito que vou conseguir preenchê-lo sozinha, estou só um pouco na dúvida sobre quais documentos levar que comprovem vínculo meu com o país, a minha agência não pode me passar nenhuma ingormação sobre isso pelo que me disseram, no máximo indicam despachantes que cobram para fazer isso para você.

 Voltando à família, todo mundo me pergunta se estou assustada de cuidar de 04 meninos, acho que eu responderia que sim antes do meu estágio na escolinha, mas para quem ficava com tantas crianças de uma vez acredito que isso não seja um problema. Conversei com os dois mais velhos ontem o B1 e o B2 rsrs, passamos um bom tempo no telefone e eles me parecem ótimos meninos. Hoje vi mais fotos deles e me encantei mais ainda, são meninos lindos e espero que possamos ser bons amigos.

 Acredito que o que toda au pair de verdade busca nesse programa é crescimento, seja ele em qual sentido for, mas certamente um crescimento para a vida, aprender inglês, aprender a se virar sem a família, ter responsábilidades, conhecer novos lugares e essas coisas, ás vezes parece té que será um sacrifício, mas acredito que a bagagem que isto vai trazer de experiência de vida não tenha preço e seja extremamente ampla.

 Eu não imagino como vou estar daqui há um ano, aliás, ainda não caiu minha ficha de que viajo daqui há um mês. Um milhão de coisas para correr atrás, fazer festa de despedida e passar o maior tempo possível com minhas companheirinhas (minhas gatas) que são as únicas para quem eu não posso explicar que em um ano estou de volta. E, espero, com outra cabeça, outros objetivos, para ai sim iniciar a minha vida de adulta, pois ainda estou relutando em aceitar que cresci.

 Bom, é muito difícil descrever a sensação, a única coisa que consigo pensar e que me reconforta é que "se está sendo assim, é porque é para ser assim", isso acalma meu coração e me faz ficar segura de que essa será a melhor experiência da minha vida e o que posso fazer é agradecer pela oportunidade de ter encontrado uma família que me parece ótima e de poder fazer esse tipo de intercâmbio. Obrigada!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Uma hora precisava acabar... Mas valeu muito!!!

 Amanhã faz exatamente um mêss que estou indo na escolinha infantil, mas uma hora isso precisava acabar, foi muito difícil, mas decidi colocar um prazo final nessa experiência maravilhosa que tive e ele vai até sexta-feira.

 Preciso mencionar que esta foi uma das experiências mais gratificantes da minha vida, no começo me senti estranha, tipo "o que estou fazendo aqui", mas logo no primeiro dia já me apaixonei. Conheci pessoas maravilhosas e crianças maravilhosas, todos com muito carinho e amor para me receber e isso, não tem preço.



 Infelizmente enho um trabalho importante par fazer na minha pós e algumas outras coisas importantes para cuidar durante esse mês, então defini o prazo final da minha ida lá.


 Lá eu aprendi mais do que trocar fraldas, dar banho, ouvir musiquinha s do Papati e Patatá, Xuxa e A galinha Pintadinha, brincar com as crianças, dar "papá", aprendi que onde agente menos espera às vezes pode ter muito carinho sendo desperdiçado que pode ser só nosso. Várias vezes estive com as crianças e elas vinham fazer carinho em mim, chavamam de tia, pediam atenção e por mais que pareça singelo, faz com que agente se sinta importante, mais importante do que com diplomas e outras coisas que os adulto consideram importante.


 Certamente essa experiência não vai só ajudar no meu intercãmbio de Au pair, mas sim, vai ajudar na minha vida e tenho certeza que se eu me lembrar sempre de tudo o que aprendi com as crianças, desde os bebês até os mais velhos, e de tudo o que aprendi com as tias, vou ser uma pessoa melhor quando tiver a minha própria família.



Sou muito grata por essa experiência e certamente sentirei muitas saudades. Obrigada!!!



segunda-feira, 6 de junho de 2011

O contato com a família K e as trapaças do coração...

 Já estava decidido em minha mente que eu viajaria em dezembro, mas como sou muito indecisa e dificilmente sei o que é o melhor fazer, resolvi deixar o destino decidir por mim e limitei o tempo de até 20 de junho para encontrar uma família legal, caso contrário, eu desistiria da ideia de ir no meio do ano e iria apenas em dezembro.

 Na sexta-feira duas famílias se interessaram por mim, não tive contato com uma delas e recebi um e-mail da outra, a família K, respondi e após fomos trocando e-mail´s e mais e-mail´s, é uma decidão difícil pelo fato de a família ter 04 filhos e todos serem meninos, mas ontem a Sra. K me ligou e fiquei impressionada com a simpatia dela, ela me conquistou com o seu jeito, foi paciente, atenciosa e demonstrou que gostaria que eu aceitasse ser sua au pair, passamos exatos 42 minutos e 04 segundos no telefone e após ainda trocamos mais e-mail´s. Eles nunca tiveram uma au pair e estão á procura da primeira, ela vai me ligar amanhã novamente e ligará também na quinta-feira para eu conversar com os dois filhos mais velhos de 12 e 10 anos. Eu ainda não tenho o meu match, ela demonstrou que gostou de mim mas ainda não fechamos.

 Acontece que, uma hora ou outra, ou ela vai meso querer que eu vá, ou vamos desistir de tudo isso, e se ela quiser mesmo que eu vá eu não vou saber o que fazer. Ocorre que, todas as circunstâncias apontam para o fato de a viagem em dezembro ser a melhor solução e inclusive meu coração deseja passar pelo menos mais um tempo aqui para poder vibrar e sentir essa sensação por mais algum tempo.

 Certamente eu não sei o que fazer, adorei a família e gostaria muito que eles fossem a minha host family, mas adiar a viagem seria de todo bom, pelo menos eu acho que seria, como posso viajar sem ter certeza do que é isso que estou sentindo???

 Como deixei nas mãos do destino e deixei o prazo para encontrar uma família e ele me trouxe uma que eu adorei, vou deixar novamente nas mãos dele, se eu fechar com a família K vou certamente viajar em julho, caso contrário não espero nem até o dia 20 e mudo a minha disponibilidade para dezembro. Há um mês eu ansiava por ir o quanto antes e agora sinto vontade de ficar um pouco mais, apenas para sentir e saber. De qualquer modo estou muito feliz com tudo isso, muito feliz em ter a possibilidade de ter uma host mom tão legal, de viajar logo e de viver um mês de correria caso isso ocorra, também estou feliz se eu ficar e for em dezembro pois certamente vou encontrar outra ótima host family. O destino decide por mim neste momento e eu aceito e de qualquer forma me sentirei grata, principalmente por já ter chegado até aqui e estar me sentindo tão bem e tão feliz. Obrigada!

domingo, 5 de junho de 2011

Uma sexta-feira e duas novas famílias...

 Como já havia publicado, eu estava cogitando uma mudança de planos de, ao invés de viajar em julho viajar em dezembro. Conversei com várias pessoas sobre isso e a maioria concordou que seria o melhor a fazer e eu, apesar de ter dito para a moça da agência que só iria dar a resposta final após o dia 20 de junho, já havia decidido que assim seria melhor. Então não me preocupei muito com au pair e famílias durante essa semana, até porque eu tinha um canal, uma tatuagem e muitas crainças com quem me preocupar.

 Na sexta-feira, depois que voltei dolorida da minha sessão de tatuagem, eu conversei com a minha mãe sobre o assunto e disse que já estava decidido, ocorre que, 20 minutos depois eu olhei meu e-mail e vi que haviam mais duas famílias interessadas em mim. A primeira era a família M, eles tinham gêmeos de 02 anos, e também eram de Connecticut.

 Isso pode acontecer com você: Quando você recebe um e-mail dizendo que a família se interessou e vai entrar em contato, fica feliz e espera o contato, ocorre que, com essa família eu nem tive contato, eles não me mandaram e-mail, não me ligaram, nem nada e simplesmente já colocaram como Past Interview. Eu achei que fosse um erro do site, mas é assim mesmo, eles simplesmente podem fazer isso, te escolher e depois nem querer falar com você.

 A segunda família é a família K, eles não entraram em contato na sexta-feira, mas no sábado de manhã recebi um e-mail da mãe, eles têm 04 meninos, um de 12, um de 10, um de 4 e um de 2, são lindos, e também têm um gato, o que me deixa muito feliz. Eles moram em Andover, Massachusets, a mãe é enfermeira e o pai médico. Conversei hoje por telefone com a mãe, ela é muito simpática, foi paciente, me contou sobre as atividades dos filhos e simplesmente adorei. Ela ficou de me retornar na terça-feira e estou ansiosa por isso, também estou muito confusa com tudo. Acredito novamente que quero que dê certo com essa família, o jeito da mãe me fez sentir bem à vontade para conversar, sem medo de errar e, ela disse que gostou de mim, do meu jeito, foi bem legal, ela também disse que têm uma faxineira brasileira, o que me faz ficar bem feliz por não ter que fazer todas as atividades em casa. Se eu for, serei a primeira au pair dessa família, será uma nova experiência para todos.

 Senti que a mãe está com um pouco de dificuldades para encontrar uma au pair, ou um pouco ansiosa, isso pelo fato de ela ter 04 meninos, o que não é facíl, mas acho que esse não será um grande problema para mim, eu não desistiria da família por esse motivo, principalmente pela simpatia da mãe na primeira conversa no telefone.

 Como eu havia dito, vou deixar o destino decidir, já havia me conformado em mudar os planos para dezembro e já estava até gostando da idéia, mas tinha prometido que, se encontrasse uma família e tivesse me match até o dia 20 eu iria em julho, esse seria o sinal, caso contrário, só em dezembro mesmo.

 Então, o jeito é esperar, mas podem ter certeza que, cada família que se interessa por você é uma super alegria e, cada família que desiste de você dá uma certa frustação. O psicológcio precisa estar bem preparado para isso e, ainda bem, que o meu está e estou conseguindo passar po cima de tudo isso e novamente estou muito feliz com essa possibilidade e que venha a família certa para mim e para todas as que estão passando por esse momento. Obrigada!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cogitando uma mudança de planos...

 Não, eu não desisti de ser au pair, apenas estou cogitando mudar a data possível da minha viagem por muitos motivos. Durante a semana que passou eu cheguei a pensar em não ir mais,foi a primeira vez desde que iniciei o processo que essa ideia me ocorreu, pensei em começar a trabalhar por aqui mesmo e levar a minha vida normalmente mas, certamente, eu passaria a minha vida toda me culpando por não ter tido essa experiência na minha vida e isso poderia me deixar deprimida por um bom tempo.

 Estou cogitando mudar a minha disponibilidade para viagem para o início do mês de dezembro, a ideia de mudar a data da viagem resultou de vários fatores que vou elencar, acho que teve um pouco a ver com a rejeição da primeira família e com o fato de nenhuma outra ter entrado em contato durante essa semana sim, mas principalmente teve a ver com a correria com a qual eu teria que fazer as coisas por aqui e alguns outros acontecimentos:

 - Primeiro: Pós-graduação. Se eu viajar antes do final do ano, teria que ser no máximo em agosto, caso contrário eu perderia mais um ano de pós-graduação, pois vou passar no mínimo 13 meses nos Estados Unidos (certamente vou aproveitar o meu mês livre e com visto), e quando voltasse teria que esperar até o meio do ano seguinte para reiniciar o curso e teria mais um ano pela frente.
 A minha Pós-graduação tem duração de um ano e meio, no primeiro ano temos aulas normais (segunda, terça e quartas-feiras) e no último semestre temos apenas orientação de monografia e temos que comparecer apenas uma vez por semana na faculdade.
 Isso engloba a questão da van, dos colegas e dos grupos de trabalho. A van por um motivo simples, foi extremamente difícil achar uma van que fosse até a tal da PUC-Central, pois lá só tem o curso de direito e por sinal eu sou a única na van que vai para lá, o motorista da van já disse que à partir do ano que vem não vai mais fazer isso e para ir um semestre três vezes por semana de carro para Campinas fica bem pesado, mais do que a van. Se eu terminasse esse ano todo na pós, no semestre que voltasse a cursar, teria que ir para lá uma vez por semana e olha lá ainda, apenas para ter orientação, e para isso eu não ia precisar de van. Os colegas e grupos de trabalho são autoexplicativos.

 Segundo: Carteira de Motorista. Para ir para os Estados Unidos como Au Pair, necessariamente eu vou precisar de uma carteira de motorista internacional, ocorre que, a carteira internacional de motorista tem a mesma validade da minha carteira aqui, ou seja, final de outubro de 2011, isso significa que eu teria que renová-la lá, pois eu não posso renovar a minha aqui antes de faltar 30 dias para vencer. Se eu fosse à partir de dezembro estaria com a carta renovadinha.

 Terceiro: Tratamento médico. Para me canditar a Au Pair eu precisei de uma declaração médica de que eu estava totalmente ok e que não tomava nenhum medicamento de uso continuo, ocorre que, todos sabem que eu tomo medicamentos de uso continuo e essa semana eu conversei com o meu médico e ele me disse que o ideal seria ir tirando o remédio aos poucos e para isso ele precisaria de uns 06 meses. Ele me deu a possibilidade de me enviar os medicamentos, porém, como declarei que não os tomava, seria no mínimo estranho ele me mandar remédios, a família pode não gostar e acredito que posso até ser cortada do programa por isso.

 Quarto: Acha uma família. Se eu quiser viajar exatamente em julho, tenho certeza que aceitaria a primeira família que aparecesse e, isso não seria algo bom, pois vou passar um ano vivendo com eles e acho que é muito imporatante escolher uma família especial, que se encaixe, que agente tenha coisas em comum e principalmente que eu goste, eu teria mais tempo para encontrá-los.

 Quinto: Pressa. Estamos agora no mês de junho, viajar em julho significaria uma super correria para arrumar tudo, correr para tirar o visto, a carteira internacional, para arrumar as coisas para a viagem, nem tempo de visitar meu pai antes de ir eu teria. Não que se eu for em dezembro não vá ter algum tipo de correria, mas teria tempo para pensar e fazer as coisas de uma forma melhor.

 Sexto: Meu medo. Acho que o principal motivo para eu ter pressa nessa viagem era medo de ficar por aqui, não sabia como iria reagir, mas como estou me sentindo muito bem, tenho meus amigos e o tempo está voando, acho que não haveri problemas em esperar mais seis meses.

 Sétimo: Meu inglês. Bom, meu inglês não é de todo ruim, mas também não é bom rsrs principalmente quando estou nervosa como foi na minha entrevista. Com mais seis meses para estudar, posso me dedicar melhor à isso, aperfeiçoar a minha gramática que está esquecida e melhorar muito a conversação e o vocabulário, considero isso muito importante, apesar de achar que do jeito que está da pra ir e me virar (mas iria sofrer mais).

 Existem outros motivos, mas acho que elenquei os mais importantes, claro que coisas do tipo passar mais tempo com as minhas gatinhas, com a minha família, com os meus amigos também fazem diferença, mas como essas coisas eu vou ter que enfrentar de qualquer jeito, então indo agora ou depois não iriam fazer tanta diferença.

 Bom, ainda não decidi, vou pedir a opinião da minha orientadora, da minha mãe, dos meus professores na pós, dos meus amigos para depois tomar a decisão que tenho certeza será a correta. Eu sou uma pessoa super ansiosa e se estou cogitando a ideia de esperar mais um pouco para fazer algo deve ser porque de alguma forma assim será melhor, ou não, veremos...

domingo, 29 de maio de 2011

Minha primeira "Past Interview"

 Depois do meu desastre e da minha super empolgação com a família D, veio a decepção... Acho que todas estamos sujeitas a isso, mas fiquei muito triste com a forma que aconteceu...

 No meu contato, no final da conversa o Pai disse que estava entrevistando outras três candidatas, que tinha gostado muito da nossa entrevista e pediu para que nós marcarmos um horário para conversar pelo skype no final de semana, me passou o e-mail dele e da mulher e, eu, fiquei feliz com isso, pois teria a chance de reverter todo aquele desastre.

 Antes de tudo eu mandei um e-mail me desculpando pelos problemas com o skype e dizendo que tinha ficado feliz com o contato deles que esperava saber mais sobre as crianças e eles e perguntando o horário para nos falarmos novamente.

 No sábado eu parecei uma moça que teve o primeiro encontro com o príncipe encantado esperando a ligação do dia seguinte, deixei o skype ligado, chequei meu e-mail de 10 em 10 minutos e, além de ir para a aula de inglês tinha resolvido que passaria a tarde assistindo um filme para poder ficar de olho no meu skype. Quando voltei do inglês, pedi meu almoço em casa e enquanto esperava em baixo dos cobertores no sofá olhando para a tela do computador percebi que a foto do pai tinha sumido do meu skype e fui verificar o porque, eis que... Ele havia me excluído do skype dele, não respondeu meu e-mail (que por sinal me deu um super trabalho) e mudou o status no meu aupairroom de "Current Interviews: 1" para "Past Interviews: 1".

 Assim, sem mais nem menos, sem dizer o porque, sem dar uma única resposta de que acharam outra, ou que desistiram de conversar no final de semana como havíamos combinado e, claro, eu fiquei super chateada, afinal sou uma brasileira e tenho as emoções fortes, esperava ao menos um "Bye Bye, good locky for you".

 Claro que eu cometi alguns erros, mas na hora que eles ligaram eu não estava mesmooo preparada para atendê-los, eu havia recebido um e-mail da aupaircare com as informações da família, mas só vi depois, eles ligaram no mesmo instante que o e-mail chegou, eles tinham filhas mais velhas do que as crianças que eu tomei conta, acho que isso pode ter contado, e teve todo o problema com o Skype que pareceu que eu era uma idiota, mas como eles haviam dado uma segunda chance, pelo menos aparentemente, eu tinha esperanças, mas não foi dessa vez.

 Sim, eu fiquei bem triste na hora, mas depois fui ao shopping com uma amiga gastar um pouco e passear, jantamos juntas e teve o aniversário de um amigo com a galera e direito à minha queria "Margatita" o que me fez voltar ao estado natural de bem estar.

 Depois de refletir muito sobre isso eu pensei "talvez tenha sido melhor assim", eles devem ter encontrado uma au pair que encaixou no perfil que eles queriam e espero que ela seja muito feliz com eles. E quanto a mim, tenho certeza que existe uma família muito especial esperando por mim lá, tenho certeza que as coisas acontecem da forma que têm que acontecer para nos levar exatamente ao lugar onde devemos estar.

 De qualquer forma fiquei muito feliz com a experiência, bom saber algumas coisas para corrigir, o desktop já está equipado para usar o Skype a qualquer momento e é isso ae. Obrigada!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O contato da primeira família e o meu "desastre"

 Como toda boa sagitariana eu sou extremamente desastrada e não poderia ser diferente no meu primeiro contato com uma possível host family, se alguém me visse no momento que eu recebi a ligação ia pensar que eu tinha enlouquecido e com razão.

 Também como toda boa sagitariana eu sou ansiosa e, como já fazia uma semana que o meu perfil estava on line e num tinha tido nenhum contato, eu já estava entrando em parafusos, a ponto de cogitar a ideia de fazer um novo vídeo.
 Novamente tudo aconteceu de forma diferente de como imaginei que aconteceria, para mim, quando uma família se interessasse pelo meu perfil, eles me enviaria um e-mail, eu responderia, marcaríamos um horário e ai sim teríamos um contato por telefone, mas não foi assim.

 Hoje é sexta-feira, estava muito cansada e resolvi tentar tirar um cochilo no final de tarde, como não consegui resolvi ligar para o meu amigo para ver se ele podia ir comigo ao supermercado, mal comecei a falar com ele e o telefone de casa tocou, atendi e tinha uma mulher falando algo que eu não entendi na linha, logo percebi que seria algo sobre o programa de Au Pair, eu disse para ela que a ligação estava ruim, e ela me pediu para nós falarmos por skype e foi ai que a situação piorou.

 Na semana passada, a empregada quebrou o carregador do meu notebook (eu encomendei outro no mesmo dia mas ele apenas vai chegar na próxima semana), sendo assim, estou usando o desktop de casa e já havia instalado o meu skype nele, mas no desespero, esqueci que o desktop não tem microfones embutidos como o notebook e que eu precisaria de um para falar com eles. Eles me ligaram no skype atendi e nada de eles me ouvirem, desesperada corri para pegar o microfone do meu irmão e não achava, dae peguei o notebook dele e liguei, mas estava sem bateria e eu não conseguia achar o adaptador da tomada, quando achei eu não conseguia sequer sair do skype do meu irmão, dae tentei colocar o microfone no meu computador e não sabia onde encaixava e, enquanto isso, eles me ligando no skype. No final das contas eles me ligaram em casa novamente e nos falamos no telefone comum.

 Acho que a ligação durou uns 12 minutos e falei com a mãe primeiro e depois com o pai, com a mãe foi bem pior, eu estava mais nervosa no começo depois foi melhorando "um pouco", o pai no final da conversa me disse que queria voltar a conversar no final de semana e me passou os e-mail´s por skype, também me disse que queriam uma au pair para o meio de julho, o que é perfeito para mim, e que estavam em contato com outras três meninas.

 Depois de conversarmos eu descobri que eles são de Avon, Connecticut, e que eles têm duas filhas, uma de 7 anos e uma de 11 anos. Essa é a família D.

 É muito difícil eu dar um feedback da conversa, eu fiquei realmente nervosa, meu coração disparou, minha boca secou e podem ter certeza que eu jamais vou me esquecer desse primeiro contato. O pai me disse que gostou e eu sinto que gostei deles também, mas não me lembro do que falei ou do que eles falaram direito pois estava muitooo nervosa. Eu não vejo a hora de conseguir conversar com eles por skype, já deixei o microfone ao lado do desktop e já instalei a câmera que estava na gaveta.

 Depois que eles desligaram eu corri ligar para a minha agência, conversei com a minha atendente e ela me aconselhou mandar um e-mail para eles, dizendo que fiquei feliz com o contato, que sentia muito pelo acontecido com o skype, dizendo os horários disponíveis no meu final de semanae dizendo que estava ansiosa para saber sobre eles e as crianças. Vamos aguardar a resposta.

 Quando eu entrei no meu e-mail percebi que tinha um e-mail da aupaircare dizendo para eu me preparar que receberia essa ligação, mas o e-mail chegou no mesmo horário que eles ligaram e não me preparei para nada, mas acho que foi melhor assim, senão eu iria ficar grudada no telefone e desesperada andando de um lado para o outro até eles ligarem.

 Eu acho que apesar do desastre, de não estar preparada e de eu num ter perguntado nada sobre eles, foi uma ótima experiência e espero que dê certo com essa família. Estou muito feliz e agradecida pela oportunidade. E vamos esperar o próximo passo do meu matching. Obrigada!



 



  



 












sexta-feira, 20 de maio de 2011

My Application has been Approved

 Eu estava muito, muito, muito ansiosa, mas agora estou muito, muito e muito feliz!!! Meu app foi aprovado hoje e eu estou on line para as famílias.

 Quando comecei o processo, eu o entendi de forma totalmente diferente do que realmente foi, para mim, após a minha documentação ser aprovada e eu ter autorização para entrar no site aupairroom e preencher meu app, eu automáticamente ficaria on line, mas não é assim.

 Bom, primeiramente após preencher todos os dados, colocar as fotos e o vídeo, tive que aguardar a aprovação da minha agência, eu terminei de preencher o meu app no dia 06 de maio e, na segunda-feira, dia 09 de maio uma representante da agência me ligou para fazermos o teste de língua e, após, sendo aprovada nesse teste, meu app passou para o próximo passo que era a aprovação pela aupaircare, o que me deixou e estava deixando cada vez mais ansiosa, pois não sabia como seria feita essa aprovação e muito menos quanto tempo ela demoraria.

 Hoje, dia 20 de maio recebi uma ligação no meu celular de "desconhecido" e atendi, era uma moça falando em inglês, eu nem imaginava que teria que fazer outro teste de língua, porém, era para isso que ela estava me ligando. No começo fiquei super nervosa, pois dessa vez não era a moça da minha agência e sim da aupaircare e também porque a ligação no celular estava ruim. Achei melhor pedir para ela me ligar no telefone fixo e deu tempo de respirar um pouco, mas o coração estava batendo forte, imediatamente ela me ligou novamente e começou a entrevista, ela me fez as mesmas perguntas da outra moça e depois começou a fazer algumas perguntas diferentes, só para ver se eu não tinha decorado tudo e após um tempo de conversa ela me disse "Your Application has been Approved"... 

 Eu nem sei o que senti, mas foi emocionante, meu olho até encheu de lágrima, mais ou menos como quando descobri que tinha passado na OAB (a OAB foi um pouco mais forte) e fiquei super feliz e disse a ela "Thanks, Thanks and Thanks", dae ela me disse "You are on line now", era tudo o que eu precisava ouvir.

 A brincadeira começa agora, estou na parte mais importante do processo, agora as famílias podem me ver e entrar em contato comigo, passou toda a parte burocrática e estou na parte decisiva. Acho que agora vai começar um outro tipo de ansiedade e de espera até uma, ou várias, famílias gostarem de mim e entrarem em contato, e espero mesmo que seja logo, não vejo a hora de conhecê-los, pois tenho certeza que há uma família especial esperando por mim lá e que essa será uma experiência maravilhosa.

 Não preciso dizer novamente o quanto estou feliz, agora é só esperar eu ter o meu match e ir, acredito sinceramente que conseguirei viajar em julho como planejado, que terei a família mais maravilhosa de todas e que as crianças serão ótimas.

 Na verdade, é um pouco estranho pensar nisso, parece que não tem mais como voltar atrás e dá um gelinho na barriga só de pensar que em pouco tempo estarei morando nos Estados Unidos, convivendo com pessoas que não conheço, com uma língua que domino apenas de forma intermediária, cuidando de crianças e conhecendo muitas coisas novas. É uma sensação muito boa, mas confesso que dá um medinho. O importante é que eu quero encarar essa e estou preparada para isso, também estou muito grata por tudo ter ocorrido bem e espero que continue assim até o fim. Obrigada!
 








quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma semana depois e....

 Estou amandoooooooo!!!! Hoje fez uma semana que comecei a ir à escolinha infantil para ajudar as "tias" com as crianças e definitivamente eu adoro, aliás, é algo que eu poderia fazer pelo resto da minha vida... Criança é tudo de bommmmm!!!!

 Vamos aos fatos: Meu primeiro dia foi na quinta-feira passada (uma semana!?!?) e, na sexta-feira eu acordei muito, muito, muito ruim, estava com a renite atacada (não me julguem, alergia não passa para crianças) e só quem me conhece sabe como fico quando estou assim, eu não tinha nenhuma obrigação de acordar aquele dia às 7h00 e ir à escolinha e, é fato, eu odeio acordar cedo, mas eu queria ir, e fui, e mesmo estando mal, eu sabia que queria ficar ali e fazer aquilo, pois é muito bom.

 Na segunda-feira, eu tive a certeza do quanto eu gostava daquilo, eu passei todo o final de semana ruim, ainda não estava recuperada e para ajudar eu tinha tido uma péssima noite de sono, daquelas que você rola de um lado para o outro e nada de dormir, e mesmo assim, eu fui, eu queria ir, estava ansiosa para ir e depois não parei mais e podem ter certeza que ninguém me faz parar de ir até eu viajar definitivamente.

 Certamente, o fato de não ser uma obrigação, de ser um trabalho voluntário e de meio período ajudam bastante, mas agente só faz algo sem receber se for por aprendizagem ou prazer e eu estou fazendo pelo dois.

  Hoje me sinto muito, muito e, muito aliviada, pois posso afirmar que sei trocar uma fralda, sei dar banho, sei passar pomada, sei trocar a roupa, sei pentear, ser dar "papa", sei fazer parar de chorar (depende da situação), sei dar mamadeira e, fazer mamadeira, sei ficar com várias crianças ao mesmo tempo, etc, etc, etc, ou seja, me sinto muito mais segura para fazer o meu intercâmbio e sei que vou tirar de letra. É muito diferente você estar com crianças e brincar com elas de você ter a responsabilidade de cuidar delas, é claro que às vezes ainda tenho algumas dificuldades, às vezes acho que vou enlouquecer, mas no final das contar é gratificante.

 Já têm duas crianças que estou muitooo apegada, adoro todas elas, mas sempre tem uns que agente se identifica e esses dois são muito fofos, um é um menino de 02 anos, ele dá um pouco de trabalho, mas com aquela carinha ele consegue tudo, muito lindoooo, as "tias" até dizem que eu estou deixando ele mimadinho, mas é inevitável... A outra é uma menina de onze meses, essa não dá trabalho nenhum, está sempre sorrindo, e só chora quando está longe do seu "tor", ela está aprendendo a falar e ficar repetindo tudo o que agente fala, so cute. Juro que acho que vou ficar doente quando eu não puder estar mais com eles :).

 Na verdade, com essa experiência maravilhosa também prestei atenção em coisas importantes, a fala é uma delas, tenho dificuldade em entender o que as crianças mais novas dizem e isso porque elas falam português, isso me faz pensar que quando estiver com crianças que falam inglês, será um pouco mais difícil e preciso treinar muito, outra coisa é o vocabulário que mais uso. Tem coisas que tenho que dizer o tempo todo e que ás vezes penso e não saberia dizer em inglês, isso me incentiva a fazer uma lista das coisas que eu mais falo para as crianças, por exemplo, mamadeira, chupeta, coisas básicas, inclusive para repreendê-las quando estão fazendo algo errado, certamente vou fazer uma lista desse vocabulário em inglês para estudar antes de viajar, acho que é fundamental.

 Também descobri que as mulheres (não sei se todas), têm um instinto natural com crianças, se alguém me visse pegando o filho da minha amiga no colo um mês antes não diria que eu estaria indo tão bem, mas na hora que você tem que fazer, parece que sabe o que tem que fazer, parece que é natural e já vem de você e, é muito gostoso descobrir isso, principalmente quando é algo que você nunca imaginou que faria assim, com tanta facilidade.

 Bom, acho que é isso que tenho para contar dessa semana de experiência, acontecem muitas coisas todos os dias e gostaria de poder colocá-las uma por uma, para registrar esse momento que estou vivendo, mais seria impossível, mais o mais importante é que hoje me sinto bem preparada para ir para os Estados Unidos, passar por essa experiência de Au Pair e tenho convicção de que será muito recompensador e valerá a pena.

 O mais importante de tudo é que descobri que, em locais que agente nem imagina passar, ou em coisas que agente nem imagina viver, pode existir uma grande felicidade e algo muito bom para aprendermos, por isso, sou muito grata por essa experiência que jamais imaginei passar, pois sei que, de nenhuma forma ela será em vão. Obrigada!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O meu primeiro dia de "estágio" na escola infantil...

 Com toda essa demora para eu ficar on-line, ontem resolvi algo muito importante, eu precisava aprender de verdade a cuidar de crianças, várias de uma vez só, trocar fralda, dar banho e todas essas coisas que não tinha nenhuma seguranças para fazer.

 O programa de au pair é algo sério, você pode cuidar de até 04 crianças de uma vez só, com diferentes idades e tem que ter muita responsabilidade para isso, não dá para brincar.

 Então, como não conhecia ninguém que estivesse precisando de uma babá voluntária comecei a ligar nas escolinhas infantis da cidade e foi muitoooooo engraçado:

- Olá, meu nome é Valéria e gostaria de saber se vocês não estão precisando de uma estagiária para ajudar com as crianças?
- Que curso você faz?
- Então, eu sou advogada, mas vou fazer intercâmbio e vou ser babá e preciso aprender mais sobre como cuidar de crianças.
- Ahhhh... Advogada???
- É mais eu queria fazer esse trabalho voluntariamente só pela experiência.
- Ok, pode mandar seu currículo por e-mail.
- Obrigada! (detalhe, eu tenho um currílo de advogada rsrsrs)

 Foi assim nas duas primeiras escolinhas que liguei, na terceira, mesmo eu falando que ela não precisaria me pagar que eu só queria ajudar para aprender ela disse que já tinha muita gente e, eu já estava quase desistindo quando liguei para a próxima da lista e uma senhora simpática me disse que se eu quisesse podia ir amanhã cedo, ou seja, hoje cedo.

 O primeiro sacrifício foi acordar cedo, cheguei ontem da pós às 1h00 da manhã como de costume, fui dormir por volta de duas e às 7h00 estava de pé colocando a minha roupa de brincar com crianças. Cheguei lá 5 para as 8h00 e logo comecei a ajudar, trabalho era o que não faltava e a moça estava dando banho nos bebês, no começo achei que ia ficar louca, que num ia aguentar, quanta criança, quantos gritos, quanta choradeira, mas depois você acostuma e até gosta. Eu troquei váriasssss fraldas (só de xixi) só tinha uma de coco e eu num aguentei não, estava muitoooooo fedida, mas convenhamos, um passo de cada vez, dei banho em bebês e em crianças de 03 à 04 anos, troquei as roupas, penteei os cabelos, limpei a bunda de uma menina depois de ela fazer coco (super evolução, e nem foi tão difícil assim), fiquei lá até a hora do almoço, quando a maioria estava deitada assistindo desenho.

 Aprendi muito hoje, até me apaixonei por um menininho que eu queria trazer para a casa rsrsrsrs As tias disseram que ele é o mais difícil de lidar, mas comigo ele ficou quietinho e me obedeceu e é muito lindinho, acho que tem uns 04 anos e eu queria ele para mim :). Tem crianças de todos os jeitos, uma menina que chava agente de mãe, um menino que quando eu estava perto num desgrudava, bebês super chorões que precisam muito de atenção, e outros mais quietos, mais foi super gostoso e recompensador. Amanhã certamente irei denovo, aliás acho que vou todos os dias até eu viajar, preciso aprender muito ainda e superar as fraldas de coco.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Até eu ficar on-line...

 Não sei se isso aconteceu apenas comigo, mas esse processo todo para o meu perfil ficar on-line está me deixando louca. Como eu fechei com a agência no começo do mês de abril e a minha intenção era viajar somente em julho, tinha certeza que teria tempo suficiente para fazer tudo e, que, em julho eu embarcaria, hoje não tenho mais tanta certeza assim.

PS: A minha primeira opção de chegada aos Estados Unidos é 11 de julho, escolhi essa data ao preencher meu application.

 Quando estive na agência fazendo as entrevistas achei que seria muito mais simples do que verdadeiramente é, mas enfim, o processo é bem longo e precisa de várias aprovações e você precisa estar preparada e com tempo para fazer tudo. Primeiro eu tive aquele problema com o erro no contrato que fez com que a minha autorização para preencher o application demorasse bem mais do que o previsto. Após, eu havia entendido que teria que preencher um perfil como o do facebook e simplesmente estar on-line para as famílias, mas não é bem assim.

 Você recebe a sua autorização e com o seu e-mail cria uma conta no au pair room, criada essa conta você tem o seu perfil para preencher, nesse perfil você responde exatamente às mesmas perguntas que respondeu na agência e também tem que preencher novamente aquelas fichas de indicação que entregou para eles, fazer uma carta falando de você para a família, colocar fotos, e colocar o seu vídeo (tudo isso em inglês). Ou seja, eu recebi a minha autorização na terça-feira e desesperadamente preenchi tudo, mas faltava a carta, as fotos, o vídeo e a revisão pela minha atendente.

 Na quinta-feira uma moça da STB me ligou para fazer o teste em inglês e eu fiz, e ela me questionou o motivo de eu não ter dado o submit ainda, expliquei para ela que o faria no dia seguinte, porém que o vídeo estaria pronto só na segunda-feira para ser postado e ela me explicou que não tinha problemas, mas para eu dar o submit o quanto antes e depois eu poderia colocar o vídeo e fotos.

 A carta da au pair é muito importante, pois se a família não gostar da sua carta não vai ver o resto, então precisa de bastante dedicação. Eu, naturalmente, não consegui escrever essa carta em inglês, aliás, estava difícil para eu escrevê-la em português, pois tinha que falar de mim mesma, das coisas que gosto de fazer, minha experiência com crianças, minha família, estudos e todas essas coisas, e acho que é bastante difícil falar de mim mesma, mas tinha que fazer e fiz, em português. Ocorre que, quando você pensa em uma coisa em português, normalmente, não terá o mesmo sentido em inglês, por isso eu recomendo que ela seja escrita em inglês, pois eu tive um super trabalho para traduzir e tive que mudar muitas coisas, e claro, não tem como usar o tradutor do google para isso.

 Como eu tinha minha aula de inglês na quinta-feira, eu gastei meu tempo todinho para a teacher rever a carta e foi muito bom, ela me ajudou muito, no final das contas, estava com a carta no meu application na quinta a noite e consegui postar as fotos só faltava a atendente da agência revisar para eu apertar o botão submit.

 Na sexta-feira eu gastei todo o meu dia gravando o meu vídeo em vários pedaços, ficou com vários erros de inglês, eu estava muito nervosa e não conseguia chegar ao final de uma parte, então quando conseguia deixava como estava, mesmo que tivessem erros, pois naturalmente, eu não sendo fluente em inglês, eu vou cometer erros.

 No final do dia recebi o e-mail da C.J. para eu dar o meu submit, pois estava revisado e enfim apertei lá no botão submit e imaginei que já ficaria on-line, mas não... Apareceu uma outra dela e agora eu não tinha mais opção de alterar nada, nem de postar fotos e vídeo, havia apenas uma seta indicando entre applyng e review by local rep. Essa parte foi bem rápida, no dia seguinte a moça da agência me ligou novamente para fazer o teste de inglês e eu o fiz novamente, pouco tempo depois dessa ligaçãomeu status havia mudado e havia uma seta entre review by local rep e review by aupair care, agora eu já conseguia postar mais fotos e finalmente consegui colocar meu vídeo.

 Ah o vídeo, esse me deu um trabalho danado, bom primeiramente eu filmei com as meninas, depois me filmei falando e selecionei umas fotos e um amigo meu editou. Na hora de editar fiquei super nervosa, foi a primeira vez que caiu a ficha, vendo aquelas fotos com a família, amigos, minhas gatas, nossa começou a bater um desespero, foi a primeira vez que senti medo de ir e depois que o vídeo estava pronto eu chorei muito e acho qu fazia mais de um mês que eu num chorava. Mas enfim o vídeo ficou ótimo, foi um pouco demorado para eu conseguir dar upload nela e ainda tive que usar a menor versão que eu tinha, mas acho que está tudo ok.

 Agora falta o tal do review by au pair care, eles vão ver se meu perfil está ok, ver se aprovam a minha foto e o meu vídeo e após, eu estarei on-line para as famílias me verem e enfim poderem entrar em contato comigo. O processo é longo, mas acredito que com um pouco de sorte viajo em julho ainda e ficarei bem feliz se conseguir, só preciso achar a família perfeita e conseguir o meu match.